quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Publicada imagem de Kenshin Himura - Live action



A edição atual da Jump Square nos trouxe uma imagem do ator Takeru Satoh no papel de Kenshin Himura, deixando assim os fãs euforicos em saber que a adaptação está sendo bem fiel.

O que achou?
Meu sangue está fevendo, Rurouni Kenshin é uma das obras que amo.

O Filme estreia no Japão em 25 de agosto de 2012.

Mangá spinoff do Rock Lee ganha anime



A inauguração da nova revista da Shueisha - Saikyo Jump, está anunciando uma adaptação em anime para o mangá Rock Lee no Seishun Full-power Ninden. Desenhado por Kenji Taira, a arte é toda em SD (super deformer) e tem como alvo a comédia e o publico infantil. Rock Lee é um personagem secundário da obra NARUTO.

A revista Saikyo Jump está se tornando um periódico mensal a partir deste sabado.
Até o momento o mangá Rock Lee no Seishun Full-Power Ninden está no capítulo 5.

Eu adorei a notícia, que mais coisas venham de NARUTO.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Divulgado novo trailer de Samurai X - 17 de Dezembro


O site oficial de Rurouni Kenshin (Samurai X) começou a exibir um vídeo promocional para a primeira parte do projeto Rurouni Kenshin: Shin Kyoto-Hen nessa segunda-feira.

Com estreia para o dia 17 de dezembro, a primeira parte terá uma semana de antecedência em dois cinemas japoneses.

O remake vai englobar o arco da história de Kyoto, em particular, irá retratar a batalha de Kernshin Himura vs Makoto Shishio e será contada do ponto de vista da ninja Oniwabanshu Misao Mikamachi.



O diretor Kazuhiro Furuhashi e o Studio DEEN estão retornando após nove anos juntamente com o compositor musical Noriyuki Asakura. O elenco de dubladores será o mesmo exceto para o papel de Hajime Saito, que será interpretado por Ken Narita.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mangá spin-off de Bardock ganha versão em anime


O spin-off foi criado pelo mangaka Naho Oishi, conteve 3 capítulos lançados na revista V Jump durante junho e agosto deste ano, a recepção foi bastante positiva, o anime é parte do "Dragon Ball Force Project".

O episódio de Bardock foi inspirado por um especial televisivo criado pela Toei que foi no ar em 1990 (Dragon Ball Z: Bardock, o Pai de Goku). O mangá spin-off segue uma história paralela sobre Bardock, o pai da criança Saiyan que seria conhecido como Son Goku.

Ainda não tem data certa de exibição, mas possivelmente será um especial de Tv com o elenco oficial da série. Leia o mangá AQUI

Então é isso pessoal, temos mais material de Dragon Ball vindo por ai o/

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Saint Seiya - resenha do mangá clássico

Os títulos da Shonen Jump nos anos 60 eram bastante focados em competições de esportes. Claro, as coisas podiam acontecer de forma boba e com regras absurdas, mas geralmente usando um esporte do mundo real, tal como: boxe, wrestling, Kendo, etc.

Na decada seguinte as coisas começaram a tomar um ar mais ousado, bons exemplos disso é o mangá de boxe - Ring ni Kakero (Masami Kurumada), ou Astro Kyudan (mangá de beisebol criado por Norihiro Nakajima). Apesar de elementos fantasiosos, ainda se baseavam em esporte existentes.



Na decada de 80, os gêneros da ficção científica e fantasia se tornaram a principal atração, e até hoje, os shonen mangá estão repletos por vampiros, cyborgs, entre outras coisas. É focado nesse cenário que surgiu Saint Seiya, um dos mais influênte e fantasioso título que desfilou pela Shonen Jump.

Saint Seiya é possivelmente o melhor mangá de combates da Shonen Jump nos anos 80. É fácil encontrar obras influênciadas pelo título, alguns deles: Yu Yu Hakusho, Bleach, Yu Gi Oh!, Naruto.

A história começa mostrando seu protagonista, Seiya, um jovem rapaz determinado a cumprir treinamentos além dos limites humanos. Seiya é um, entre 100 orfãos, enviado pela Fundação Graad para diversas partes do mundo afim de conseguir uma armadura de santo (cavaleiro). Na Grécia, ele é treinado por Marin, uma mulher misteriosa com uma máscara.

Seiya tem grande rancor contra a Fundação Graad, que o separou de sua irmã Seika no orfanato Crianças das Estrelas (Hoshi-no-ko Gakuen). O motivo de toda essa tragédia que ronda o jovem, assim como sua ida para a Grécia tem como finalidade torná-lo um santo de Athena, um lendário grupo de guerreiros dedicados a proteger o mundo e garantir a justiça contra o mau. Além disso, Saori, a neta mimada da Fundação Graad, é na verdade a encarnação da Deusa Athena. Seiya depois de longos 6 anos se torna o cavaleiro de Pegaso, e logo reencontra seus amigos no Japão, apenas 10 conseguiram voltar com as armaduras de santos, dentre eles: Shiryu de Dragão, Hyoga de Cisne, Ikki de Fênix e Shun de Andrômeda.

Apesar de todos tormetos submetido em seus treinamentos, isso foi apenas a ponta da lança para a responsabilidade que veio a seguir. Além de sua incrível capacidade física, os santos tem dois poderes que vale ressaltar.
1) Um deles é o COSMO, que é basicamente como o Chakra ou Ki, mas baseado em uma idéia elegantemente compreensível: todo objeto detem dentro de sí parte do cosmos inicial gerado pelo BIG BANG, aqueles capazes de liberar essa energia subatômica desses átomos podem realizar proezas incríveis.
2) O segundo poder dos santos é sua armadura, criada pela Deusa Athena, que se baseou nas constelações do céu. É classificada em três tipos: bronze, prata e ouro (sendo este ultimo o mais poderoso e cheio de acessórios).


Artes marciais, mitologia, história de fundo trágica e uma linha enorme de brinquedos... esses são todos elementos que fizeram de Saint Seiya um sucesso. Mais do que qualquer outro mangá que eu consigo me lembrar, a obra é repleta praticamente de lutas. Ao saber inicialmente o conceito proposto por Kurumada, é de se pensar que haveriam cenas de monstros mitologicos destruindo cidades, várias aparições de deuses e etc. Ao inves disso, você vai encontrar jovens com belos cabelos compridos ferindo uns aos outros.

Existem algumas páginas aqui e ali onde você encontra um acontecimento sem qualquer cena de combate, mas visivelmente o autor preferiu se focar numa estética simplificada onde aparecem 100% de batalha, lembrando um pouco os tokusatsus e seus "monstros do dia". Dizendo isso, você pode ter em mente que pode pegar o mangá em um volume qualquer e ver muitas lutas legais e vai fazer tanto sentido quanto para alguém que le desde o início.


É claro que apesar de simples, a trama presente nos 28 volumes de Saint Seiya tem arcos complexos:
O primeiro - Arco Santuário, conta a história dos santos de bronze, que enfrentam-se entre sí num torneio para despertar uma conspiração que pendura no santuário (centro do poder de Athena) por anos, eles são acusados de traidores e devem enfrentar os inimigos enviados pelo Papa - braço direito de Athena, é quem comanda suas tropas.
Sua sequência de lutas leva-os para o santuário em um confronto direto ao Papa (que na verdade é um impostor) para reestabelecer a ordem, os cinco santos de bronze travam confrontos eletrizantes contra os doze santos de ouro para salvar a vida de Athena.

O segundo - Arco de Poseidon, mostra um desafio real a humanidade, ou seja, uma entidade divina. Assim como Saori é a encarnação de Athena, existem outros seres humanos na Terra que receberam entidades dos deuses, e eles não estão felizes. Poseidon, o deus dos mares inicia seu plano de afundar a Terra sob as ondas e chuvas torrencias, afim de eliminar a humanidade por tratar tão mal seu planeta.

O Terceiro e ultimo - Arco de Hades, é tido como o melhor por muitos. O deus do mundo dos mortos retorna de seu sono, seu exercito é composto por 108 espectros e dois deuses menores (Hypnos e Thanatos). Os santos de ouro mortos são revividos como inimigos, mas este é apenas uma distração para o real objetivo: Bloquear a luz do sol, alinhando todos planetas, assim todo o mundo dos mortos reinaria sobre a Terra. Nesse arco temos um inferno influênciado pela Divina comédia de Dante, Shun sendo a encarnação de Hades, recriação do conto de Orpheu e os juizes Rhadamanthys, Minos e Aiacos. Um sucesso bem recebido pela critica.

Posteriormente a obra ganhou nova sequência e histórias alternativas (Episodio G e Lost Canvas), mas estes 28 volumes são o coração de Saint Seiya. Vejamos alguns padrões marcantes na série:

Este é um mangá composto por: homens, homens, homens... O elenco de Saint Seiya é quase exclusivamente masculino, mas existem aqueles que apresentam uma beleza semelhante a feminina. Shun de Andrômeda, é o exemplo mais óbvio, mas o mangá inclui outros personagens bishonen: Misty de lagarto e Aphrodite de Peixes. A moral - um pouco de androginia pode ser bom, mas em grande escala pode ser torturante. Não é nenhuma surpresa saber que a obra era popular entre dojinshi yaoi nos anos 80 (a CLAMP fazia parte desse grupo).

Kurumada é repetitivo em alguns acontecimentos de seus mangás, isso pode não agradar muitos fãs.

Saint Seiya é um dos mangás mais masoquistas que ja li. Se você não pode machucar seu oponente, você pode, pelo menos, provar sua masculinidade e ferir a sí mesmo, se isso servir de alguma forma para matar seu oponente, exemplos:
  • Depois de ser derrotado por Hyoga, o Cisne negro arranca um de seus olhos e teletransporta para seu mestre (Ikki), assim o golpe "Kholodyni Smerch" seria evitado por Fênix, que viu a cena na retina do olho do Cisne Negro.
  • Quando Seiya está sofrendo da Morte Negra, Shiryu perfura o corpo do Pegasus, esguixando sangue "Tudo bem, estou abrindo seus pontos cosmicos" diz Shiryu;

  • Ao enfrentar Algol de Perseu, Shiryu rasga seus olhos para evitar ser transformado em pedra;

Com isso temos a mensagem que a dor é como os heróis ganham o seu heroísmo. A cultura japonesa glorifica o auto-sacrifício? "A obrigação é mais pesada do que as montanhas, mas a morte é mais leve que uma pena" dizia um codigo restrito do exercito Imperial Japonês, citado por Ian Buruma no seu livro "O Ocidente aos olhos de seus inimigos". Em suas notas de autor, Kurumada expressa admiração por Johann Heinrick Heine (1797 - 1856), poeta alemão que glorificava a morte por seu país. O amor pela antiga Europa, jardins floridos e jovens nobres podem explicar muito sobre Saint Seiya.

Mesmo repleto de mortes, sangue e desmembramento, Saint Seiya de alguma forma nem parece violento. Os combates são realizados em sua maioria utilizando somente socos e chutes, nada de objetos pontiagudos ou armas de fogo. Para completar, raramente acontecem cenas de impacto explicito. As cenas de luta são desenhadas de tal forma que os personagens estilizados geralmente parecem estar acertando o leitor mais do que o oponente: alguém está dando socos no ar, e depois blam, no outro quadro tem alguém sendo arremessado no ar!

A obra apresenta várias técnicas com efeitos "pior que a morte", Mascara da Morte invia suas vitimas para o submundo e seus espiritos amargurados ficam vagando por sua morada e cobrindo as paredes do local. O Golpe Fantasma de Fênix cria um mundo de ilusão, onde o oponente tem um terrivel pesadelo e diminui sua capacidade motora. O cavaleiro de Gêmeos envia suas vítimas para outra dimensão, vagando eternamente sem rumo. Shaka de Virgem lança seu oponente em um dos seis reinos budisas da Transmigração.

Esse tipo de coisa são o tempero de vida em Saint Seiya, já que o conteúdo artistico e a historia são bastante simples, consistindo de: caras parecidos, armaduras bem elaboradas e lugares de pouco acesso, onde as lutas acontecem um-a-um. "Vá em frente, encontro você depois" se tornou uma marca usada inclusive em outras séries.

Outra ferramenta interessante utilizada por Kurumada é a fotocopiadora. Em algumas batalhas, o background é coberto pelo espaço cósmico. Quando Ikki enfrenta Shaka, o fundo se enche de arte fotocopiada de mandalas budistas. Provavelmente foi feito para poupar tempo, mas o resultado final ficou incrível.

Kurumada Blasfemador? É fato que o autor usa referências de todas culturas, inclusive a cristã, que sempre é vista por esses lados como "intocável". Exemplos:
  • O regente de Athena, e vilão do primeiro arco é chamado Papa (no resto do mundo foi adaptado para Grande Mestre), ele usa vestes longas e uma grande cruz no pescoço, sem contar que viaja entre as pessoas comuns e entrega sua unção para remover os pecados daqueles que estão proximos a morte.

  • Ser crucificado, ou pelo menos amarrado a uma cruz (Marin), é uma das torturas infligidas a Seiya e seus amigos. Mitsumasa Kido (Dono da fundação Graad e pai dos protagonistas), realizou a vontade dos deuses mesmo que para isso fosse visto como um monstro cruel, esse trecho da história tem uma citação de Abraão.

  • Em Poseidon, o deus dos mares diz ter polpado no passado Noe e sua familia, fazendo assim outra referência a Bíblia.

  • No arco de Hades, os idéais cristão e grego estão inextricavelmente misturados. Seiya, nos momentos finais da história faz o discurso no qual culpa os deuses por todos problemas da humanindade, declarando seu ateísmo ou anti-teismo. Como curiosidade, vale dizer que há pequenos grupos na Grécia nos dias de hoje dedicados a reviver a antiga religião, e alguns deles provavelmente odeiam Saint Seiya.

Cansado(a) de ler? Desculpe, me empolguei por se tratar de uma obra que representa tanto para mim. Sei que existem outros mangás shonen de luta que são mais sofisticados, mais inteligente, melhor elaborado, mas posso dizer que pode não haver outro tão sincero. Saint Seiya é um sucesso fabricado, mas ele é perfeito por ser o que é. A melhor maneira de perceber isso é dedicar um tempo para lê-lo.

Você pode baixar o mangá AQUI
Espero que tenham gostado da matéria, ja nee /o/